segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A verdade da crise

Olá, está tudo be...
- Sim!!!
Mau mas nem me deixas acabar, nem quero saber mais da vossa disposição hoje. Adiante...
Hoje estou tão feliz, mas tão feliz, que chega a dar dó, de tão deprimente e ridículo, que me faz sentir um tremor levezinho na unha encravada do dedo grande do pé esquerdo.
É mentira, também não estou assim tão feliz, mas o tremor é pura verdade.
Não sei se já ouviram falar na crise. Não? Pois é normal, quase nem se dá por ela, nos intervalos de qualquer noticiário.
Pois é meus amigos, ou conhecidos, ou amigo imaginário vá. a crise anda ai, e quando menos se espera, pimba, já fomos assaltados. Só que dantes era por criminosos ou delinquentes, agora e por toda a gente que se aproveita da crise para nos assaltar a carteira, com os preços que praticam.
Eu confesso que só me dei conta da crise, quando cheguei a um bar de uma estação, para comer uma bucha, e pedi uma sandes de presunto e uma Ucal, e me pediram 3,90€ por aquilo. Ainda pensei que me fossem servir antes uma celha de vinho e um bitoque, mas não...
E isto, chama-se aproveitarem-se da crise e do pânico instalado pela comunicação social. Se não fosse isso uma pessoa até reclamava pelos preços, mas agora há sempre a desculpa da crise para tudo.
Outro dia, estava a falar com o meu amigo (imaginário), e ele questionava-se: «Como é possível estarmos em crise? Para onde é que o dinheiro foi? Não pode ter desaparecido!». Perguntas estas, que o típico Tuga se apronta logo a responder, comentando: «Pá, desaparecer... acho pouco provável... pode é estar nos bolsos de alguém ou em qualquer conta offshore!». Como eu não devo ser um típico Tuga, limitei-me a responder com um típico encolher de ombros, acompanhado com um típico ar pensativo, arrematando com um típico toque de preocupação. É a crise!
Mas eu prefiro pensar de uma maneira mais lógica, e ir mais longe, tento entender a realidade da questão, ver por outra perspectiva mais profunda, vamos lá...
Outro dia, dirigia-me a uma caixa multibanco, que de acordo com a crise, nem consegui enfiar o cartão, porque a máquina me mandou logo para um multibanco mais próximo, porque não estava de serviço, deve estar com ordenados em atraso, ou em greve, não sei. E eu como sou uma pessoa bem educada, lá fui tentar descobrir onde ficava a outra caixa multibanco. Quando finalmente encontrei uma, e meti o cartão para levantar 10€, a estúpida da máquina, que não deve ler jornais nem ver televisão, muito menos falar com pessoas, ainda não se deve ter apercebido da crise, e "disse-me" que só me podia dar notas de 20€. Ora então, que raio, mas não estamos em crise? Como é que a máquina só me pode dar notas de 20€? E pensei que se calhar não estamos assim tão mal. Mas se é a grande, que se lixe, venha de lá a nota.
E foi aqui que se fez luz, e descobri a verdadeira razão da crise nacional. Nunca repararam no que está escrito nalgumas caixas multibanco ao pé do teclado? Normalmente está um aviso que diz qualquer coisa deste género: «As notas serão inutilizadas em caso de abertura indevida».
Ora cá está, com tantos assaltos ás caixas multibanco, é normal que grande parte do dinheiro nacional tenha ficado inutilizado. Ai ai, o que a crise faz a uma pessoa...

Abraçolas, ao bonequinho do multibanco, que esse mesmo apesar da crise está sempre com ar parvo mas aparentemente feliz!

 

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